Quando fazer um perfil hormonal feminino e para que serve?

Publicado em 7 Julho 2014|Última atualização em 25 Abril 2023|Procriação Medicamente Assistida.|

A análise hormonal é um teste específico para as mulheres que vão começar um tratamento de reprodução assistida ou que já o fazem. Para elas, é rápido e simples: reduz-se a uma extração de sangue. Para os médicos é um teste importante pela informação que dá sobre a quantidade de óvulos da mulher e a capacidade de responder ao tratamento de estimulação dos ovários em cada caso.

Nas palavras da Dra. Clara Colomé, “a análise ou perfil hormonal consiste numa análise de sangue que serve para determinar o valor de várias hormonas relacionadas com o ciclo ovárico”. Graças a este teste pode conhecer-se a reserva de óvulos e decidir que tratamento é o mais recomendável em cada caso, explica a especialista em reprodução assistida da Clínica Eugin.

A análise hormonal é um teste médico simples que pode oferecer muita informação sobre as tuas probabilidades de gravidez através de técnicas de reprodução assistida.

Há um dia correto para fazer um perfil hormonal?

Esta análise deve realizar-se idealmente no principio do ciclo menstrual, entre o segundo e o quarto dia da menstruação. Este estudo hormonal basal é um teste diagnóstico que permite aos médicos detetar possíveis anomalias na função ovárica. Examinam-se as hormonas FSH, LH, Estradiol e AMH. Esta última, a AMH, conta com a vantagem de poder ser analisada em qualquer dia do ciclo.

A análise hormonal também se efetua com o tratamento de reprodução assistida já em curso para controlar o seu desenvolvimento. Nestes casos, além das hormonas LH e Estradiol, observam-se os níveis de Progesterona que o corpo produz na segunda fase do ciclo menstrual, após a ovulação. Embora todos os casos requeiram um estudo personalizado, a comunidade médica considera que os níveis normais nos princípios de ciclo numa mulher fértil correspondem-se com os seguintes valores:

FSH: inferior a 10 Unidades Internacionais (UI)
LH: inferior a 10 UI
Estradiol: inferior a 80 picogramas por mililitro
Progesterona: inferior a 1 nanograma por mililitro (antes da ovulação), superior a 1 e incluso a 3 nanogramas por mililitro (após a ovulação)
AMH: superior a 2 nanogramas por mililitro

O perfil hormonal não é um teste de fertilidade

Se a análise resultar num desfasamento hormonal, pode indicar que existe alguma disfunção que está a afetar a conceção.

Por exemplo, um nível baixo da hormona AMH indica que a mulher tem poucos óvulos ou pouca reserva ovariana, assim como um aumento da FSH.

De qualquer forma, não tem que se preocupar com estes valores. “A análise hormonal não é um teste de fertilidade; é uma análise meramente quantitativa, não qualitativa”, assinala a doutora Colomé, que insiste em que uns valores normais, embora orientativos, não excluem que possa existir algum tipo de alteração da fertilidade.

São os especialistas médicos que os vão interpretar juntamente com o relatório clinico de cada mulher e os resultados de outros exames. Desta maneira, é possível determinar com maior precisão qual é o tratamento mais adequado que a ser adotado para que o sonho da maternidade possa ser real.

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